“Eu sou índio, eu morei no Campo molhado e eu nasci lá também. Lá eu e o Argeu, fomos no mato para caçar quati, tatu, pombo e passarinho, e fazer armadilha, arapuca.
Voltamos para nossa casa quando já era noite e nós não fomos dormir, meu avô conta as histórias que aconteceram com ele.
Agora estamos perto da cidade, nós não temos mais caça e nem histórias.”
Francisco Cabrino G. Timótio- 11 anos
“Eu fui em Osório, no ônibus, duas senhoras sentadas estavam me olhando e cochichando. Eu não escutei, mas pensei “elas dizem: ele é índio”
Fabiano dos Santos Moreira – 11 anos
Encontro engraçado
“Eu como índio, fui visitar outra aldeia. Para chegar até lá precisei pegar alguns transportes. Depois peguei um ônibus e cheguei na cidade, no meio dos não índios Então entrei em um restaurante para comprar um refrigerante e naquele momento tinha uma moça do meu lado que começou a me olhar dos pés até a cabeça. Não falou nada, mas isso pode significar muita coisa para mim, ou para ela. Será que ela achou estranho, eu estar usando roupas? E se eu estivesse sem roupas, ela não me acharia estranho e nem me olharia daquele jeito.”
Marco Benites – 22 anos
Um comentário:
e triste saber que apesar de os indios estarem aqui muito antes de nos e que todos nos temos um pouco de indigena ainda temos esse preconceito
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