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domingo, 24 de abril de 2011

A "semana" de História. Segunda parte: dia do Índio

A "semana" de História. Segunda parte: dia do Índio

Comentário interessante!!

Reportagem do site de Osório

Escola Municipal Francisco Panni realiza intercâmbio com estudantes indígenas
(15/04/2011 - 14:18)
Texto e fotos: Escola Panni
Na última quarta-feira, dia 13 de abril, os alunos do Núcleo de Atividades Complementares - Nuac da Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Francisco Panni, localizada no bairro Laranjeiras, em Osório, participaram de um intercâmbio com a Aldeia Sol Nascente, de índios guaranis, localizada às margens da Estrada do Mar.
Na visita, os alunos da Panni conheceram um pouco da história e da cultura dos povos indígenas, orientados pela professora Josiele Silva. As aulas para os índios são oferecidas na própria aldeia, onde é dado enfoque à aprendizagem, à cultura e à socialização. Atualmente, na aldeia residem 48 indígenas. Dentre as atividades praticadas na aldeia, estão o artesanato e a plantação de milho e aipim.
No mesmo dia, os 20 alunos da aldeia indígena, acompanhados pela professora Josiele, visitaram o Nuac e a Escola Panni, onde tiveram um dia de integração, com diversas brincadeiras e apresentação de uma música guarani. Alunos do turno integral realizaram uma campanha solidária de Páscoa, onde os índios visitantes foram agraciados com vários gêneros alimentícios.
“Além desta integração, a troca de experiências entre os alunos da aldeia e da escola Panni foi de extrema valia, pois ampliou o conhecimento dos alunos sobre as diferentes culturas e sobre os modos de vida”, disse Josiele Silva.
Ainda participaram da visita a Secretária Adjunta de Educação Elaine Bestetti Freitas, a Supervisora Pedagógica Silvia dos Santos Dalpiaz, a Coordenadora dos Nuacs Rejane Schroeder, a responsável pelo Nuac da Panni, Sirlei Pacheco, a diretora da Escola Municipal Luiz Francisco Panni Ângela Aliardi e a supervisora Evanir Bertoli.





Música é um de sete novos conteúdos obrigatórios nas escolas - Educação - iG

Música é um de sete novos conteúdos obrigatórios nas escolas - Educação - iG

domingo, 17 de abril de 2011

Proposta de atividade

Um pequeno artigo para levantar reflexões e após um debate:


     A causa indígena é de todos 


 A Semana dos Povos Indígenas, celebrada no mês de abril, convida a uma aproximação deste mundo. Os livros de história falam em descoberta do Novo Mundo e, mais recentemente, fala-se em conquista. Penso que o mundo dos povos indígenas, até hoje, não foi descoberto nem conquistado.

     Quando falamos em índios, logo pensamos em gente nua na mata, ou então em pessoas pobres pedindo esmola nas cidades. Nada de mais errado! Primeiramente não existem índios, mas povos, isto é, conjunto de pessoas unidas por uma história, uma cultura, uma língua comuns que as diferenciam de outras. São povos nativos ou originários, porque foram os primeiros habitantes deste continente.

Uma nova consciência

     “Os povos indígenas da América e do mundo, fomos, nos últimos 500 anos, completamente desconhecidos pelas sociedades dominantes. Ninguém nos ouvia. Não olhavam para o nosso rosto, não lembravam de nosso nome e nem o mencionavam. Mas nós somos o vínculo mais seguro da população atual com suas raízes ancestrais.”

     A consciência de possuir uma riqueza única, presente de Deus e dos antepassados, cresceu entre os povos indígenas. A sociedade não-índia passou do desconhecimento e desprezo à admiração. Cresceu a consciência de que somos uma nação pluriétnica. A Constituição do Brasil de 1988, em seu artigo 231, reconhece aos povos indígenas “sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam”.
 Nas Américas há mais de 50 milhões de indígenas, inclusive com uma população majoritária em alguns países como Guatemala e Bolívia. O Brasil tem uma população indígena pequena em termos percentuais, porém a riqueza cultural é grande: em nosso país são cerca de 220 povos indígenas, com aproximadamente 180 línguas originais ainda faladas. Há povos livres, sem contato com a sociedade brasileira, e grande número de indígenas morando nas cidades. Há índio caçador e coletor e índio universitário, advogado, médico. 

     Vamos adentrar este mundo desconhecido e tão perto de nós. Seria bom conhecer, direta ou indiretamente, os povos que moram no seu estado. Washington Novaes fez isso e escreveu: “Entender o índio, entender sua cultura e respeitá-lo, implica despir-nos desta nossa civilização. Porque o encontro com o índio é um mergulho em outro espaço e outro tempo. Um espaço aberto de céu e terra, água e fogo. Um espaço colorido e pródigo, povoado pelos animais, vegetais e minerais e espíritos, um tempo prodigiosamente mais lento que permite consumir meses para polir o arco e aguçar a flecha. Tempo para varar a noite dançando, tempo para receber o filho que nasce ou despedir-se do ancestral que morre; tempo para rir e tempo para chorar, cantar e dançar, plantar e colher”.


Novos desafios


     Os povos indígenas, pela maneira de viver e pensar, são denúncia e proposta de alternativas. Eles incomodam os grandes, donos dos meios de comunicação, do mercado e do poder. Combatem os povos indígenas com a violência: externa e interna. Apesar da atual Constituição, as terras indígenas são invadidas, suas lideranças assassinadas, seus filhos discriminados. E quando eles reagem, dentro de seus direitos, são acusados de criminosos, de empecilhos do progresso.

     Em outras situações, a metodologia é cooptar as lideranças, oferecendo presentes e vantagens. O maior contato com as cidades, a chegada da televisão, o aumento do dinheiro nas aldeias são novas realidades que enfraquecem a resistência indígena.
Os povos indígenas têm duas fontes de força e energia: as raízes de suas culturas que recebem uma energia acumulada por séculos, e sua fé com suas teologias ligadas ao Deus da vida; ao relacionamento com a Mãe Terra.

     Nós e os povos indígenas temos interesses em comum. Como amantes da vida, estamos preocupados com o futuro da Amazônia e do planeta; como cristãos, acreditamos no Reino de justiça, respeito e partilha; como pessoas de uma nova época, acreditamos no diálogo, no pluralismo, na convivência das diferenças. Os povos indígenas são os nossos mestres e aliados. 


Questões para debate:
1 - Quais são os preconceitos que ainda existem entre nós em relação aos povos indígenas?
2 - Por que a civilização branca insiste em impor sua cultura aos povos indígenas?
3 - Quais são os valores culturais que deveríamos aprender com os povos indígenas?



Nello Ruffaldi,
padre, missionário do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), diretor da revista Mensageiro e do programa radiofônico Potyrõ . Belém, PA.
Endereço eletrônico: ruffaldi.nello@pime.org
Artigo publicado na edição nº 385, abril de 2008, página 2.

sábado, 16 de abril de 2011

O que é ser índio hoje?

“A aparência dos índios não conta tudo, porque os índios só usam as coisas dos não índios. Eu tenho celular, televisão e roupas, mas mesmo assim minha vida de índio nunca mudou, pela minha alma. Meu sangue, minha pele, meus ossos, são sempre de índio.”

Pablo Natalício de Souza – 23 anos



“Ser índio hoje é viver sempre na cultura própria, mostrar que somos índio puro. Ser capaz de tudo como os não índios. O problema enfrentado hoje  é a falta de direitos indígenas garantidos.”

Marco Adolfo Benites – 22 anos

Datas comemorativas – Dia do Índio | Educa já

Datas comemorativas – Dia do Índio | Educa já

19 de abril dia do Indio, uma declaração de Amor a Vida e respeito pela Terra.

19 de abril dia do Indio, uma declaração de Amor a Vida e respeito pela Terra.

Cinema de índio — Rede Brasil Atual

Cinema de índio — Rede Brasil Atual

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Depoimentos

“Eu sou índio, eu morei no Campo molhado e eu nasci lá também. Lá eu e o Argeu, fomos no mato para caçar quati, tatu, pombo e passarinho, e fazer armadilha, arapuca.
Voltamos para nossa casa quando já era noite e nós não fomos dormir, meu avô conta as histórias que aconteceram com ele.
Agora estamos perto da cidade, nós não temos mais caça e nem histórias.”

Francisco Cabrino G. Timótio- 11 anos





“Eu fui em Osório, no ônibus, duas senhoras sentadas estavam me olhando e cochichando. Eu não escutei, mas pensei “elas dizem: ele é índio”

Fabiano dos Santos Moreira – 11 anos


Encontro engraçado
“Eu como índio, fui visitar outra aldeia. Para chegar até lá precisei pegar alguns transportes. Depois peguei um ônibus e cheguei na cidade, no meio dos não índios Então entrei em um restaurante para comprar um refrigerante e naquele momento tinha uma moça do meu lado que começou a me olhar dos pés até a cabeça. Não falou nada, mas isso pode significar muita coisa para mim, ou para ela. Será que ela achou estranho, eu estar usando roupas? E se eu estivesse sem roupas, ela não me acharia estranho e nem me olharia daquele jeito.”

Marco Benites – 22 anos


Primeira Semana Missioneira

14/04/2011 

EVENTO

Tempo dedicado à história dos índios guaranis


A contribuição cultural dos índios guaranis será celebrada no Rio Grande do Sul. A 1ª Semana Missioneira, uma iniciativa do Instituto Pró Memória Sepé Tiaraju, com o apoio da Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF), vai ocorrer de 18 a 25 de abril em diversas cidades do Estado. O evento terá uma etapa em São Gabriel. Com o apoio da prefeitura, a cidade dará a largada para as atividades da semana, que vai resgatar a história guarani em solo gaúcho.


– As atividades vão lembrar a memória guarani, uma das primeiras civilizações que viveram no Rio Grande do Sul – diz Emiliano Limberger, líder do Instituto Pró Memória Sepé Tiaraju.


A etapa inicial acontecerá nas proximidades da Sanga da Bica, local onde tombou o herói guarani Sepé Tiaraju. A 1ª Semana Missioneira ainda vai passar por São Miguel, Porto Alegre, São Luiz Gonzaga, Vera Cruz, entre outras cidades do Estado.


A conscientização das pessoas sobre a importância desta herança cultural para o Estado também é um dos objetivos do evento. A programação envolve diversas ações, como encontro com lideranças guaranis, shows musicais, seminários, palestras, cavalgadas e até colocação de placas e cruzes missioneiras. O encerramento da 1ª Semana Missioneira vai ocorrer em Rio Pardo.


domingo, 3 de abril de 2011

HOLOFOTES NOS ÍNDIOS: Mas quem vai contar a História?

O ensino da temática indígena é obrigatório nas escolas brasileiras de Ensino Fundamental e Médio, particulares e públicas.
Para estudar esta abordagem foi sancionada pelo presidente da República Luis Inácio da Silva, a Lei 11.645/08, alterando a LDB – Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia.
Uma demonstração do esforço recente do governo brasileiro em desenvolver políticas de reparação ao tratamento de exclusão ofe¬recido historicamente, a determinados grupos populacionais que são minorias em nossa sociedade.
É uma questão importante sobre a realidade dos povos do Brasil e traz para o debate o perfil indígena em suas diversidades sendo um esforço concentrado para que as escolas tenham a visão do ponto de vista do índio.
Sendo assim, para que não se reproduza equivocadamente a idéia etnocêntrica de que existe apenas um único modelo civilizatório e conseqüentemente inexistam outras formas de relacionamento do sujeito com o outro, com a natureza no seu entorno enfim, outras possibilidades de estar no mundo, a nova Lei fez-se necessária, uma vez que, o olhar etnocêntrico não só corrobora com a visão unilateral de rea¬lidade, como também inferioriza a diferença, ou seja, a crença de que aquele diferente é naturalmente inferior.
A carência de diálogos sobre a formação da sociedade brasileira em nova roupagem se edifica de forma a desfigurar o modelo de sala de aula pragmática que verificamos nas escolas brasileiras.
Há diferenças dos mais diversos campos da cultura indígena e é preciso ser conhecidas tais diferenças pela sociedade que tanto menospreza este individuo. Desta forma, há uma necessidade urgente de prover os professores, de um conjunto de informações sistemáticas e consistentes sobre as sociedades indígenas no Brasil, suas especificidades históricas e sócio-culturais e também a respeito das relações políticas e simbólicas estabelecidas pelo conjunto da sociedade brasileira com estas populações.
Mas quem vai contar esta história?


Publicado por MÁRCIA RODRIGUES em 30 março 2011 às 21:09 em Não-categorizado