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domingo, 28 de agosto de 2011

EM CARTA À PRESIDENTE DILMA, IGREJA ALEMÃ FAZ APELO CONTRA O DESMATAMENTO E EXTERMÍNIO DE ÍNDIOS DA AMAZÔNIA



Cidade do Vaticano, 24 ago (RV) 
De agosto de 2010 a julho deste ano, o desmatamento sem controle na Amazônia aumentou 15%, com mais de 2.500 Km² de floresta devastados, 400km² a mais em comparação aos últimos doze meses.

Esses números fazem parte dos primeiros dados anuais divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) com base em observações feitas por satélites, ainda parciais. Os Estados mais atingidos são o Mato Grosso e o Pará, onde avançam os campos de soja e criação de gado.

Uma grave situação ecológica – devido às especulações de corporações econômicas e interesses internacionais – que está alterando as relações entre os seres humanos e o ambiente.

“A justiça ambiental, como muitas vezes destacaram os bispos do Brasil, explica a forte relação que existem entre a questão ecológica, os problemas da justiça, a paz e a defesa dos direitos invioláveis das pessoas e das populações indígenas”, destaca o comunicado da Igreja alemã.

Com força e persistência os bispos brasileiros reiteraram que a ecologia humana é uma necessidade imperativa. “Adotar em cada circunstância um modo de viver mais respeitoso ao ambiente e sustentar a pesquisa e a exploração de energias adequadas que protejam o patrimônio da Criação e não representem perigo aos homens devem ser prioridades políticas e econômicas”, destaca também a Igreja alemã enaltecendo a declaração dos Bispos brasileiros, os quais denunciaram ainda à comunidade internacional a violência a qual são submetidas as populações indígenas no Brasil: homicídios, ameaças de morte, falta de assistência sanitária e educativa, demora na regularização das terras, exploração excusa dos recursos naturais das terras indígenas.

Entre todas essas questões, a Adveniat, organização filantrópica da Igreja Católica Alemã para a América Latina, que enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff, na qual manifesta preocupação pela “suspeita de um massacre das populações indígenas que vivem isoladas nos confins do Estado do Acre.

Os assassinatos – de acordo com a Adveniat - teriam sido praticados por organizações criminais ligadas ao narcotráfico nas terras indígenas e à indústria madeireira clandestina. Neste sentido, foram divulgadas no início de agosto, diversas reportagens sobre o tema na imprensa internacional.

Na carta à presidente Dilma, a adveniat fala da “facilidade com a qual as organizações criminosas agiram”, e evidencia o perigo iminente para os indios que “estão ameaçados de morte”.

A Adveniat chama a atenção sobre a situação igualmente vivida pelos índios que vivem no Maranhão, Rondônia e Mato Grosso.

“Todas essas violências, as invasões e os conflitos que atingem diretamente as comunidades indígenas estão ligadas à escolhas que privilegiam o desenvolvimento a todo custo, em detrimento, infelizmente, da própria vida”, diz outro trecho da carta.

Segundo a Adveniat, o Brasil enfrenta uma realidade que, sendo cheia de sofrimentos e de dificuldades, pode constituir uma ocasião privilegiada para um renascimento humano e social. Por meio das contribuições de todas as esferas sociais e também com o apoio das organizações de cooperação internacional é possível restituir à Amazônia um futuro de esperança. É preciso encorajar e valorizar os projetos econômicos para a aceleração do crescimento, segundo o programa do Governo Federal e as iniciativas para a integração das infra-estruturas regionais.

Um processo que seja integrado coma s iniciativas dos doze países da América do Sul que pretenda ligar as redes de comunicação, energia e transporte por meio da construção de estradas e portos.

Na parte final da carta, a organização filantrópica da Igreja Alemã pede ao Governo Brasileiro de “pesquisar medidas eficazes e de longo prazo para garantir que não voltem a se repetir massacres, genocídios, invasões e marginalizações sofridas na história dos povos indígenas da Amazônia, aos quais deve ser completamente garantido o direito ao desenvolvimento integral, a cultura, as tradições e o inviolável direito de viver dentro de seus territórios”. (RB)


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Lançamento de livro -Temática indígena nas escolas


22/08/2011 - 8h56 (Mônica Pileggi - FAPESP) 
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Agência FAPESP – A escola foi, desde o início, o elemento principal na conformação das imagens sobre os indígenas. Somente nos últimos anos é que houve a inclusão da pluralidade como um valor positivo e o consequente reconhecimento dos indígenas como parte importante da sociedade e cultura brasileira. É o que conclui o livro A temática indígena – subsídio para os professores, que será lançado no dia 23 de agosto, em Campinas.
De autoria do arqueólogo e professor do Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Pedro Paulo Funari e da pesquisadora da Universidade Complutense de Madrid (Espanha) Ana Piñón, o livro foi elaborado a partir de uma pesquisa de mestrado, seguido de doutorado, da coautora, além de outros estudos apoiados pela FAPESP.
A obra tem como público-alvo professores dos níveis fundamental e médio. “O livro tem uma apresentação teórica, histórica e cultural, assim como uma pesquisa empírica sobre a percepção dos alunos do ensino fundamental. Isso contribui para um diagnóstico de desafios, o que permite propostas de soluções no âmbito da escola e na formação dos professores”, disse Funari à Agência FAPESP.
De acordo com o autor, o livro surgiu da necessidade, tanto dos professores como dos alunos, de informações mais aprofundadas sobre os índios.
“Muitos jovens mencionam que têm parentes e/ou antepassados indígenas. Mas, ao mesmo tempo, ainda localizam o índio longe: no passado e no mato. Os índios, às vezes, aparecem como um indivíduo, ao lado de uma oca, sem seu contexto social e coletivo”, pontuou.
Ao longo de 128 páginas, os autores discorrem sobre a questão indígena e suas representações nas escolas brasileiras. No primeiro capítulo, Funari e Piñón abordam como se formam e se transformam as identidades sociais e a relação com os índios.
Em seguida, observam os modos de se estudar os índios, na chamada experiência etnográfica – para os autores, a melhor forma de se conhecer um grupo humano, em particular uma comunidade indígena, é imergir em seu mundo, no seu cotidiano. Depois, seguem pela trajetória histórica desses habitantes no continente americano e a situação atual dos índios no país.
Nos demais capítulos, o livro trata da temática indígena utilizada pela escola desde os tempos dos jesuítas até a escola republicana como projeto político, passando pela idealização dos índios no século 19, no âmbito da corte imperial do Rio de Janeiro.
Os autores examinam a influência da administração indígena pelo Serviço de Proteção aos Índios (SPI) – criado em 1910, operou em diferentes formatos até 1967, quando foi substituído pela Fundação Nacional do Índio (Funai) – e finalizam com as transformações nas formas de inclusão da temática nas salas de aula.
Funari considera que, além de estereotipado, o ensino sobre o tema nas salas de aula está defasado, com o indígena retratado de forma distante, tanto no espaço como no tempo.
“Isso transparece na sua presença na maior parte das vezes referente à pré-história do Brasil. A legislação brasileira reconhece direitos aos indígenas, do uso da língua até suas terras. Na constituição e na legislação há uma ênfase grande na valorização da diversidade, contudo, tais avanços chegam à escola ainda de forma parcial”, ressaltou.
Formação mais ampla
“A temática indígena ainda é tratada de maneira incipiente e marginal em cursos de licenciatura em história, geografia e português; as que mais tratam do tema. Faltam nesses cursos disciplinas que tratem da pré-história do Brasil e da América, história indígena, da etnologia indígena e línguas indígenas, e que façam parte do currículo obrigatório”, disse Funari.
“Dessa forma, os futuros professores terão condições de aprofundar seus conhecimentos sobre os índios, aproveitar melhor a informação dos livros didáticos e ensinar de forma mais adequada aos alunos”, destacou.
O antropólogo ressalta que o livro poderá contribuir para uma formação mais ampla e variada dos atuais e futuros professores, pois apresenta aspectos históricos e culturais não só dos indígenas, mas do Brasil de forma geral. “A obra fornece, também, indicações de leituras que permitem ao leitor se aprofundar nos diversos temas tratados”, completou.
O livro será lançado no dia 23 de agosto, às 18h30, na Livraria Cultura do Shopping Center Iguatemi, localizado na Av. Iguatemi, nº 777, Vl. Brandina, Campinas. No evento, ocorrerá o debate “A Temática Indígena nas Escolas – Desafios para Educadores e Estudiosos”, com a participação dos autores.
Título: A temática indígena na escola: subsídio para os professores
Autores: Pedro Paulo Funari e Ana Piñón
Lançamento: 2011
Preço: R$ 29,90
Páginas: 128
Mais informações:  www.editoracontexto.com.br


http://www.agoravale.com.br/agoravale/noticias.asp?id=32717&cod=1

domingo, 21 de agosto de 2011

Brô Mc´s: 1º grupo de rap indígena

Postado por Mandrake em 5 de julho de 2010 ás 12:57


bromcs
email
ENTREVISTA COM O BRÔ MC`S NA RESERVA INDÍGENA JAGUAPIRU, ESCOLA MUNICIPAL TENGATUÍ MARANGATU.





1 – Como e quando nasceu o Brô MC`s?
(Bruno) Então o Brô nasceu na gravação do filme vídeo Word (Terra Vermelha – 2008), ai, eu primeiro né?! Comecei a compor as músicas. Fui conhecendo os parceiros, o Charlie, o Kelvin, ai o Clemerson também, ai foi surgindo aquela amizade mesmo, pra compor rap, ser MC mesmo, ai foi indo, e ganhando força com as oficinas.
2 – Por que Brô MC`s?
(Bruno) Vem de irmão né?! Eu e ele (Clemerson e Bruno somos irmãos), o Kelvin e o Charlie é irmão também, então é isso!
3 – Brô na língua guarani significa irmão?
(Kelvin) Não Brô é inglês, brother é irmão.
4 – E irmão em guarani seria como?
Se for mais velho é Xerykey, se for mais novo é xeryvy.
5 – Qual a formação atual do grupo?
(Kelvin) Primeiro veio o Bruno e o Clemerson, ai depois o Charlie e eu entrei…
(Bruno) A gente começou na dança, daí surgiu à idéia de fazer umas letras também.

Bruno
6 – Quais são as influencias musicais de vocês?
(Bruno) Então a gente se inspirou mesmo no pessoal de fora, que curtia mesmo, no rap nacional.
(Kelvin) Acho que a inspiração mesma minha foi…, é tipo uma denuncia do que acontece aqui na aldeia, tipo as mortes, a violência né?! Acho que através do rap a gente pode falar e critica ao mesmo tempo.
(Bruno) É isso ai que ele falou tipo, critica, fala um pouco do que acontece na nossa aldeia e mostrar um pouco do que é Guarani Kaiowá pros não-índios também.
7 – Por que o rap?
(Bruno) Então o rap pra nós é uma ferramenta pra própria defesa contra o preconceito o racismo. E mostrar que nóis somos índios e nossa voz nunca vai se calar.
(Charlie) Por que também o rap é protesto, por que ai a gente pode falar o que a gente pensa né!
8 – De onde vem às inspirações para escrever as letras? Falem um pouco sobre essa mistura de português com o Tupi Guaraní.
(Bruno) Então a inspiração é falar um pouco em guarani também, o guarani no rap, mostrar um pouco nossa identidade, Guaraní Kaiowá pro pessoal ver e mescla nossa língua com o português. E assim vai indo a letra da música.
9 – Você acha que assim consegue não só atingir os índios como os não índios?
(Bruno) É a nossa idéia é essa mesmo.
10 – E qual a mensagem que vocês pretendem passar em suas músicas?
(Bruno) A nossa mensagem mesmo é levar pro pessoal idéias positivas, para não entrar no caminho errado, no caminho das drogas da violência, sair do mundo do crime, que acontece aqui dentro da aldeia mesmo e o pessoal agora tão junto com a gente aqui, o pessoal do break, e tamo ai!
11 – Recentemente vocês foram convidados para abrir o show do Milton Nascimento em Campo Grande, falem um pouco sobre isso.(Bruno) Então pra nós é uma grande emoção pra ta indo lá né!
(Kelvin) Milton Nascimento acho que é um grande cantor de MPB né! Que na música que fizemos com o Fase Terminal, a música “No Yankee” que na abertura a parte da música dele é cantada né, onde entra a parte do Milton Nascimento, que a gente é índio, como na música ele fala, “por que vocês não sabem, do lixo ocidental…” (Para Lennon e McCartney). Então eu acredito que a gente é visto assim pelos “brancos” né, como se a gente fosse uns lixo né! Não é porque eu to criticando os brancos, mas muita gente acha que o índio é como se fosse um lixo, só que eu acho que dependendo do tempo, isso tá mudando nos dias de hoje né, como por exemplo a gente já é reconhecido nas grandes cidades, só que em algumas cidades a gente não é reconhecido, mas eu acredito que daqui pra frente que o povo indígena possa ser reconhecido e que a gente não seja mais vitima da violência, do preconceito, racismo.


Charlie
12 – Como vem sendo a receptividade do CD na aldeia e como vocês identificam isso nos não índios?
(Kelvin) Eu acho que o CD fala de muitas coisas, a maioria das músicas fala sobre o racismo…
(Clemerson) O nosso CD fala sobre a maioria das coisas que acontecem aqui, sobre a nossa realidade, ai a gente passa, a gente escreve no CD esfria nossa cabeça, falando dessas coisas, a realidade daqui da aldeia mesmo. Então sobre isso a gente grava, a gente escreve, a gente vê o fato que acontece aqui na reserva, então por isso a gente escreve nossas letras e os rap que a gente fala né?! Então a gente é o rapper que fala daqui da reserva, também da cidade, sobre um pouco das crítica que o parceiro tava falando, então é isso.
(Kelvin) Eu acho que a gente, sabe como que é? A cultura Hip Hop ele vem dos negros eu acho né? Começaram nas periferia né? Eu acredito que ele foi inventado pelos “brancos” não é por isso que a gente ta deixando nossa cultura, que a gente que é índio como a língua por exemplo que é mais importante nas nossas vidas né, e o rap ele vem das culturas dos “brancos” né? Só que eu acho que a gente não mistura isso daí né?! A gente coloca os dois juntos, tanto a cultura dos “brancos” como o que é da cultura dos indígenas, como o guaxiré (dança típica) mais o rap né!
(Clemerson) A maioria do rap nacional vem do que aconteceu nos EUA dos negros, surgiu lá, então veio os rapper`s, ai vejo como ele (Kelvin) falou também, não é por que a gente ta cantando rap que a gente ta deixando nossa cultura, a nossa cara, a nossa pele e o nosso sangue já mostra que a gente é índio mesmo, por ai a gente é reconhecido de longe como índio mesmo.
13 – Qual a visão de vocês sobre a reserva indígena e essa proximidade com a cidade, isso ajuda ou atrapalha?
(Kelvin) Acho que ajuda né, porque se fosse só nóis indígena eu acho que não vai levanta nada, mas com a ajuda dos “brancos” o pessoal da cidade aqui nas aldeia eu acho que ajuda muito, porque a cidade é perto, pra comercio é perto. E essa proximidade dos índios com os não índios, eu acho que é muito bom porque afinal a gente sempre é ajudado pelos “brancos” né?! Eu acho que é bom essa proximidade do índio com o não índio e acho que eles tem essa curiosidade com o povo indígena.
14 – A questão da demarcação de terras indígenas no estado é um assunto que deve ser debatido melhor? Acha isso importante?
(Kelvin) Olha, eu acho que é importante, porque como a gente… Os nossos ancestrais, os nossos antepassados… Aqui o Brasil antes era dos índios né! Ai chegaram os portugueses lá o Cabral, dizendo que ele descobriu o Brasil, ai que eu pergunto, ai que eu pergunto: ele descobriu mesmo o Brasil ou não? Eu acho que não né, ele não descobriu o Brasil, quando ele chegou já existiam humanos que viviam aqui no Brasil que é o índio né?!
15 – Como que o índio vem sendo tratado na cidade? Essa circulação é tranqüila ou existe preconceito?
(Clemerson) Alguns lugares que a gente chega tem preconceito, por exemplo a gente mesmo tava no lugar para se apresentar, a gente foi lá para cantar nossas músicas, ai a gente tava lá esperando, ai de repente vem os alunos já falando “aqui não é a usina!” (muitos indígenas de Dourados e de outras reservas trabalham como cortadores de cana de açúcar em usinas da região, trabalho insalubre e muitas vezes a beira da escravidão) Eles acha que só porque a gente é índio a gente vai ta trabalhando na usina(risos).
(Kelvin) Eu acho que como a gente é índio né, a gente é um pouco diferente, a cor, a pele né! E quando a gente ta em tal lugar, as pessoas… Eu não sei qual que é o sentimento dessas pessoas sente quando vê o índio né?! Eles começam a… Principalmente que tem mais preconceito com os índios mesmo é os guarda municipal, não por que eu to criticando os guarda municipal, mas isso acontece por que eu já fui vitima disso, eu e mais tantos indígenas ai. E eu acho isso preconceito por que quando eles chega, eles pensa que a gente um tipo de bandido perigoso, quando a gente usa essas roupas mesmo de Hip Hop, com estilo de rua mesmo, ai eles chega se achando mesmo, querendo ser o dono daquele lugar e tal mandando por a mão na cabeça, revistando ai… Eu não acho legal isso daí não, o preconceito deles ai com os indígenas, isso ai não é bom não. Mas tem vários lugar que o índio é respeitado né?! Acho que o pessoal da aldeia de Dourados, a situação do índio aqui, eu acho que ele ta sendo respeitado aqui na aldeia de Dourados, mas em outras aldeias o índio não é respeitado, pelo que eu tenho acompanhado.
16 – Na opinião de vocês o que melhoraria a vida de vocês na reserva?
(todos) Apoio.
(Bruno) E o estudo em primeiro lugar e ter mais mesmo uma mente positiva, não uma mente negativa na comunidade indígena.
(Kelvin) A pessoa tem que valorizar mais o estudo e a cultura.
17 – O que vocês preferem a cidade ou a aldeia?
(Kelvin) Eu acho que a aldeia é bem melhor que a cidade, aqui na aldeia a gente não paga nada né?! Não é que a gente não paga nada, a gente paga energia elétrica, é isso né!
(Clemerson) Pouca coisa a gente paga.
18 – Na cidade tudo paga?
(Kelvin) Na cidade a gente tudo paga (risos), isso não tem como negar não!

Clemerson
19 – Como é a relação dos costumes indígenas com as novidades que vem da cidade essa troca, isso ajuda ou atrapalha?
(Bruno) Olha ajuda pra caramba essa troca, ajuda as pessoas que tão no caminho errado a vim no caminho certo, ajuda também o incentivo na escola.
(kelvin) É porque muitos “brancos’ vem trabalhar aqui na aldeia né, e eles ensina a ter respeito, e mais um monte de coisas né, eu acho muito boa essa proximidade.
20 – Qual a visão de vocês sobre a história dos índios no Brasil?
(Kelvin) Bom eu acredito que eles foram… Pelas historias dos livros que eu li e gosto de ler essas historias. Eu acho que o índio ele foi massacrado, não é que ele foi massacrado né?! Eles chegaram no Brasil como se fosse um descobrimento, só que eles chegaram lá e disseram que a posse dessa terra era dos “branco” né!
(Charlie) É a mesma coisa que a gente chegar na casa de alguém e falar: “eu descobri essa casa”, é que nem se fosse assim aqui, nas historias.
(Kelvin) Então ai eles começaram a escravizar o povo indígena né?! Só que o povo indígena como ele é acostumado a achar os alimentos deles que vem da própria terra, a própria natureza da o alimento deles, eles (portugueses) acharam que o os índios fossem “fortões” ai eles começaram a escravizar, mandaram eles corta Pau Brasil, exporta e tal ai, mas com o passar do tempo o índio foi resistindo.
21 – Vocês acreditam que possa existir algum tipo de preconceito pelo Brô MC`s tratar de um grupo de rap indígena no século XXI?
(Kelvin) Eu acho que tem sim né. Eu acho que a gente é uma novidade no mundo porque a gente é índio a gente fala a nossa língua e ao mesmo tempo a gente fala o português e essa mistura das duas culturas, ai eles espalha por ai… Eu acredito que deve ter certo preconceito sim, não só dos outros grupos, como também das pessoas né?!
(Bruno) É porque é o primeiro grupo de rap indígena a lançar um CD demo para todo mundo ouvir e expressar… Então eu acho que vai existir sim um monte de preconceito.
(Kelvin) Não porque, quando a gente ganhou lá em Campo Grande (RPB Festival – 2009), eles colocaram um monte de critica sobre o Brô MC`s mesmo, o pessoal falaram que não gosto porque a gente ganhou lá, que a gente não merecia, merecia outro grupo e tal, eu acredito que o preconceito existe sim.
22 – O que a CUFA representa pra vocês?
(Kelvin) Eu acho que a CUFA representa uma conquista pra nós, porque eu acho que através da CUFA, ela ajudando nóis, eu acho que a gente pode crescer com a ajuda deles, eu falo crescer como o índio pode ser representado em vários cantos do Brasil.

Kelvin
23 – Como é a vida na aldeia?
(Kelvin) A vida na aldeia é normal né, só que tem muita gente ai que vai pelo caminho errado não pelo certo, como tem esse lance ai de drogas, violência, briga nas festas, rebeldia ai, essas coisas.
24 – Deixem uma mensagem para os nossos leitores, fãs e todos que vem acompanhando o trabalho do Brô MC`s.
(Kelvin) Eu acho que como a gente é índio eu acho que a gente tem que seguir em frente, não deixando de lado a cultura nossa né! E também dizer aos leitores que lerem essa entrevista, que eles participem muito dos nossos shows e que eles gostem das nossas músicas né?! Que outros indígenas que eles possam seguir a gente nesse momento.
(Bruno) Então é isso, nós queremos agradecer a todos vocês, agradecer a todos, em nosso nome vou agradecer pela oportunidade de ta mostrando nosso trabalho pra vocês, é isso ai.
(Clemerson) A gente ta levando nosso rap onde ta chegando, a gente não é mau que nem os outros pensam, o nosso rosto parece que a gente é bravo, mas não é não, a gente chega conversa e tal, então é isso ai, se quiser conversar vem aqui na aldeia procura o Brô MC`s que a gente vai ta aceitando vocês e seja bem vindo aqui na aldeia.
(Carlie) Desejo paz e respeito, tem quer assim mesmo.
Fonte: Cufa
















Fonte: http://www.rapnacional.com.br/2010/index.php/noticias/bro-mc%C2%B4s-1%C2%BA-grupo-de-rap-indigena/




Assista ao clip http://www.youtube.com/watch?v=oLbhGYfDmQg





terça-feira, 16 de agosto de 2011

Pensamentos e expectativas nesse dia especial 09 de agosto


“Eu gosto de ser indígena porque gosto de subir em árvores, caçar, ouvir histórias, estar junto com todos, fazer festa, dançar, cantar e fazer artesanato”
(Adriana Gimenes Fernandes, 26 anos, 3º ano)

“Ruim é assim, os índios não fazem coisas ruim para os brancos, mas os brancos não gostam de nós”  (Junior 13 anos, 3º ano)

“Como é ser indígena? Por exemplo eu gosto de fazer muitas coisas, cafezinho, leite, e comer a minha comida preferida (tradicional)”
(Diogo Karai, 11 anos, 4º ano)

“Eu acho bom ser indígena, porque posso caçar no mato”
(Fabiano, 12 anos, 3º ano)

“É legal ser índio! Eu gosto de estudar.”
(Danilo, 10 anos, 3º ano)

“O indígena pode ficar sem roupa. É bom quando plantamos. Queria que todos vivessem sempre felizes.” (Denilson, 10 anos, 3º ano)

“Para ser indígena é importante não esquecer as falas (língua).”
(Francisco, 11 anos, 4º ano)

“É legal ser indígena, porque  tem comida natural e tem estudo diferente.”
(Lucimara, 9 anos, 3º ano)

“Eu acho bom ser indígena. Tudo que tem na vida do índio é bom! O que está ruim é a falta das coisas boas que foi tirado pelos não índios. Gostaria que voltasse tudo como era antes, ter mais riqueza na vida dos indígenas.” (Vera Mirim – Pablo Natalício de Souza, 25 anos, 5º ano)

“Ser índio é gostar e respeitar a própria cultura, por quê e para quê? Porque somos índios, sempre seremos e sempre fomos. Nascemos índios, vivemos como tem que ser, nós vamos ser a vida inteira do mesmo jeito, aprendendo a viver e ser índio no meio dos não índios.”
(Marco benites/ Kuaray Papá, 22 anos, 5º ano)

“Eu  gostaria que os não índios desse  valor para nós e respeitasse a língua que nós falamos para a gente viver melhor com eles.” (Lisiane, 15 anos, 4º ano)


Trabalho realizado pelos alunos indígenas da Aldeia Sol Nascente.

Osório/RS

Professora Josieli e Silva

sábado, 13 de agosto de 2011

Povo indígena do sul do país produzindo saberes


Algumas pessoas duvidam que há indígenas no sul do país e desconhecem totalmente a cultura desses povos.Aqui tem um pouquinho do que eles fazem.Assista o vídeo de Ariel Ortega do povo Mbya Guarani, um nome que está sendo bastante comentado!



 http://lugardoreal.com/video/bicicletas-de-nhanderu/

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Projeto leva indígenas de MS à Raposa Serra do Sol - Notícias - O Pantaneiro

Projeto leva indígenas de MS à Raposa Serra do Sol - Notícias - O Pantaneiro

‪Belo monte de asneiras, por Curt Trennepohl‬‏ - YouTube

‪Belo monte de asneiras, por Curt Trennepohl‬‏ - YouTube


Isso é inaceitável!!!!

Índio não deixa de ser índio por estar fora da aldeia!!!!

Entre a aldeia e o mundo do colonizador

Sem poder apresentar a Carteira Indígena, cuja emissão está proibida pela justiça, indígenas vivem o dilema de não poder provar que são índios.

Autora: Ana Aranda


 Ser ou não ser. Um índio que sai da aldeia para buscar uma melhor alternativa de vida, porque na aldeia não há alternativas, deixa de ser índio? Na dúvida, a Funai, por uma decisão da justiça, parou de emitir a Carteira Indígena, documento que serve para oficializar a cidadania indígena. Sem a carteira, os índios que vivem na cidade foram ‘descrendeciados’ pelos responsáveis pela saúde indígena (em processo de transição entre a Funasa e a Secretaria Especial de Saúde Indígena). Também estão descredenciados aqueles que foram expulsos de seus territórios tradicionais e hoje buscam o reconhecimento de suas raízes. É o caso, em Rondônia, dos Puruborá, Migueleno, Cujubim, Wayoró, Canoé, Cassupá, Salamãi, Macurap, Tupari, entre outros, de acordo com o Ministério Público Federal.



Reconhecendo a fragilidade dos indígenas frente ao mundo do colonizador, o governo brasileiro destina verbas especiais para o tratamento de saúde dos mesmos. Dinheiro este que vem tendo outras aplicações em algumas prefeituras. Mas o pior é que, com carteira ou sem carteira, a saúde indígena está em frangalhos. Quem mora na aldeia sofre porque está muito longe dos médicos e órgãos de atendimento e quem mora na cidade passa por todo o sofrimento a que nós, não-índios, estamos sujeitos em caso de doença.


Vítimas de uma política equivocada, que os tratavam como incapazes, e hoje acuados pela ocupação cada vez mais rápida dos territórios para onde foram empurrados ao longo da história, os indígenas já não conseguem levar a vida tradicional. Sem a fartura de caça e pesca que antes havia, muitos sobrevivem com cestas básicas. Sem contar com meios para gerar renda, eles se encontram em uma encruzilhada entre o mundo dos antepassados e o mundo do colonizador, enfrentando uma realidade que não perdoa aqueles que não “produzem”.


Taxados durante séculos como lesos e preguiçosos, até mesmo nos livros escolares, os indígenas são altamente discriminados e não têm acesso à educação formal. Migram para a cidade em busca de uma saída e aí perdem o direito de ser índio. A não ser, é claro, que apresentem a carteira. A situação é muito grave e merece um olhar mais atento da sociedade e do poder público. A doença, a fome e o sofrimento não esperam. As medidas necessárias precisam ser tomadas agora, com urgência.


Fonte: Amazoniadagente.com


http://www.tudorondonia.com/noticias/entre-a-aldeia-e-o-mundo-do-colonizador-,22991.shtml

Feira Literária Internacional do Tocantins (FLIT)

FLIT promove a congregação entre comunidades indígenas e quilombola na Estação Multicultural
 
O ano é da diversidade, e ela é o tema-base da Feira Literária Internacional do Tocantins (FLIT), que imbuída em promover o multiculturalismo criou a oportunidade de comunidades tão ricas em história e importância para o Estado se aproximarem: os indígenas e os quilombolas. Em um destes momentos de congregação, representantes das tribos Karajá-Xambioá e KrahÃ?-Kanela e da comunidade Quilombola de Cocalinho mostraram para os presentes parte da vasta cultura que possuem, seja com cânticos, danças ou até mesmo com uma demonstração de luta corporal indígena.


Guerreiro responsável pela segurança da tribo a que pertence, Estevão Ideu KrahÃ?-Kanela afirmou a felicidade da etnia dele por poder participar do maior evento cultural do Estado, o que foi simbolizado pela apresentação artística que fizeram, ao som dos cantos e dos maraká (chocalhos). “Somos uma etnia relativamente nova, que veio da mistura entre os KrahÃ? e os Kanela. Por isto, para nós é muito importante estarmos aqui, pois mostramos a nossa cultura aos que ainda não conhecem. Isto ajuda no processo de afirmação de nosso grupo, que hoje é composto por cerca de 80 integrantes que vivem da caça e da pesca e do que planta, além de ser conhecido por ser batalhador, de guerreiros fortes, mas não bélico, já que só lutamos quando temos nossos direitos feridos. Hoje é um dia de alegria, por isto apresentamos a nossa dança e canção do verão, que mostra a nos sa felicidade pela chegada da nova estação da fartura e que exalta o entusiasmo, assim como a do inverno, que marca a chegada da estação chuvosa, importante para as nossas plantações”, explicou Ideu KrahÃ?-Kanela, de 42 anos, que é irmão do cacique da tribo, que vive à margem dos rios Javaé e Formoso, no município tocantinense da Lagoa da Confusão.


Composta por aproximadamente 520 índios, a tribo Karajá-Xambioá também realizou uma apresentação de dança e cântico, e impressionou a todos com uma demonstração de força na luta corporal. Para o jovem cacique Gilvan Karajá-Xambioá, de apenas 35 anos, a FLIT ajuda a reforçar a união já existente entre as diferentes etnias do Tocantins e a popularizar a cultura de cada uma delas. “Somos, normalmente, bastante amigos um dos outros, e podemos mostrar isto aqui, o que é importante, já que muitos pensam não é assim que funciona a nossa relação. Nós, da etnia Karajá-Xambioá, sempre somos preparados para acompanhar e aprender sobre a cultura do homem branco, para entendê-los melhor. Eu fui preparado desde muito novo, por isto fui escolhido, por votação na tribo, como o cacique da minha gente, que é famosa pela habilidade com o arco-e-flecha no momento da p esca, que fazemos no Rio Araguaia, e por sermos contemplados pelo projeto nacional‘Tartaruga da AmazÃ?nia’, já que sempre nos alimentamos da tartaruga, por isto estamos ajudando os brancos no manejo e na procriação delas, para que ninguém fique prejudicado”, revelou o líder dos Karajá-Xambioá, que se apresentaram usando o tradicional haretu, uma espécie de cocar que simboliza o Sol.


Cantando a história e o cotidiano


Com cerca de 240 integrantes, a Comunidade Cocalinho, um dos 15 grupos quilombolas existentes no Tocantins, também contou parte da história a partir da dança e do canto, que focam os lamentos pelo triste passado de opressão e pelas alegrias do novo cotidiano, conforme contou José Carlos Silva Sousa, presidente da Cocalinho.“Os quilombolas são os descendentes dos escravos africanos que foram trazidos para o Brasil, e nós cantamos muito as histórias de sofrimento e sobrevivência do nosso povo, e as intensas batidas de pés no chão que marcam o ritmo de nossas músicas simbolizam uma forma de eliminarmos esta dor de nossos corpos. Além disto, contemplamos o nosso dia-a-dia nos cânticos, o nosso trabalho na roça, a quebra do milho que nos alimenta. Tão cedo fomos convidados para participarmos da FLIT nós aceitamos, pois esta é uma chance de reforçarmos a cultura d os quilombolas e de interagirmos com outros povos que enriquecem o Tocantins, como os indígenas”, exaltou o quilombola de 31 anos, que é bisneto de escravo.


Programação desta segunda-feira, 1º


Nesta segunda-feira, dia 1º de agosto, a Estação Multicultural vai receber as etninas Javaé, que reside na Ilha do Bananal, KrahÃ?-Kanela, Karajá-Xambioá e, também, os quilombolas da Cocalinho. As programações do espaço neste 8º dia de FLIT vai se estender até o hall do auditório do Palácio Araguaia, onde haverá, a partir das 18 horas, uma apresentação com os povos participantes.
(Informações Assessoria Comunicação Seduc) 
  

"Índio supera preconceito e se forma na Universidade Federal do Acre"


formatura___215_Força de vontade, garra e determinação para alcançar seus objetivos, foi o que fez Adaisio Luiz 37 anos, da tribo Yawanawá, distante oito horas de barco da cidade de Tarauacá. Luiz realizou este ano o sonho de se tornar bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Acre. Sua história de vida é marcada por muitos acontecimentos que daria com certeza, roteiro para muitos diretores de cinema.
Aos seis anos saiu de sua comunidade indígena para morar em Rio Branco com um irmão. Durante esse período estudou, fez o ensino básico e o médio e aos 16 anos tentou vestibular para direito pela universidade federal do Acre. Passou na primeira fase, mais devido uma fraude no vestibular daquele ano, não consegui fazer a segunda fase das provas e acabou sendo prejudicado.
Um ano depois aos 17 anos foi trabalha como radialista na Radio Difusora Acreana, apresentava o programa à voz da floresta, que abordava questões sociais como saúde, educação, políticas sociais e qualidade de vida para as populações ribeirinhas os seringueiros e os índios. Também trabalhou como cinegrafista para a União Nacional do Índio (UNI).
Nesse mesmo período a convite de uma organização voltada para a proteção das tribos indígenas da Amazônia, a CAICA, ele viaja para a Colômbia, Venezuela e o Equador para divulgar e expandir as questões indígenas.
Em 1995, Adaisio viajou para os Estados Unidos, para concorrer a um prêmio com o documentário intitulado "Queremos viver", que mostra a história dos povos indígenas da mundialmente conhecida floresta Amazônica.
Depois de todas essas experiências, retornou a Rio Branco e continuou trabalhando como cinegrafista e apresentou um programa voltado às nações indígenas na UNI. Aos 22 anos em 1997 voltou para a comunidade que tinha saído ainda criança, para trabalhar como monitor de educação, hoje denominado professor indígena. Enfrentou preconceitos de todos os lados. "sofri mais preconceitos da minha tribo do que do homem branco". Comenta Adaisio. Ele relata também que sofreu uma espécie de aculturação por ter morado muito tempo em Rio Branco. "Quando voltei para a tribo, já tinha absorvido todos os costumes do homem branco, usava brinco, gostava de rock, não conseguia fala mais a língua Yawanawa, foi muito difícil a readaptação as minhas origens, e a comunidade não aceitava as mudanças e costumes trazidos da cidade, tive que aprender tudo de novo. "
 Foi com o tempo que a aldeia foi se acostumando com o índio que tinha ido para a cidade ainda criança e retornado a sua aldeia anos depois para levar educação ao seu povo. Sua determinação em ajuda sua gente fez com que Adaisio, durante 4 anos se deslocasse de sua aldeia toda semana por várias horas para chegar ao núcleo da Universidade Federal do Acre em Tarauacá e concluir o curso de Ciências Biológicas. Foi através do PROFIR, programa especial de formação de professores, uma parceria do Governo do Estado do Acre junto a Secretária Estadual de Educação e a Universidade Federal do Acre (UFAC), que Adaisio conseguiu realizar o sonho de ter um curso superior. O programa visa capacitar os educadores e oferecer melhores condições de ensino as comunidades mais afastadas do estado. Ele e o único índio dos 43 formandos do curso.
Hoje Luiz é respeitado pelos Yawanawás, visto com um guerreiro, um lutador que apesar de todas as adversidades da vida nunca desistiu de lutar e sonhar com aquilo que mais gosta de fazer, repassar conhecimentos para as comunidades mais isoladas dessa nossa imensa e rica floresta amazônica.

http://www.oriobranco.net/educacao/16498-indio-supera-preconceitos-e-se-forma-na-universidade-federal-do-acre.html