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domingo, 23 de março de 2008

Fundação da UnB paga passagem para mulher de reitor

A Funsaúde gastou R$ 746,37 com bilhetes de Brasília a Teresina (PI) – ida e volta – para Lécia Mulholland, em novembro de 2007. Segundo o Ministério Público, o dinheiro saiu de uma conta abastecida por recursos destinados à saúde de índios. Segundo a UnB, Lécia não foi ao Piauí e atribuiu a emissão dos tíquetes a um erro da agência de viagens.
Murilo Ramos

A Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico na Área de Saúde (Funsaúde), vinculada à Universidade de Brasília (UnB), pagou bilhetes aéreos de ida e volta a Teresina (PI) para Lécia Mulholland, mulher do reitor da UnB, Timothy Mulholland, em novembro do ano passado. Os gastos somaram R$ 746,37. ÉPOCA teve acesso ao tíquete eletrônico e à fatura que comprova a despesa. Quem autorizou o pagamento foi Alexandre Lima. Ele é coordenador de projetos na Funsaúde, diretor da Editora da UnB e pessoa de confiança do reitor, segundo afirmou o próprio Timothy Mulholland em depoimento à CPI das ONGs.

A assessoria de imprensa da Editora da UnB disse que as passagens investigadas foram emitidas por equívoco da agência de viagens Trips. ÉPOCA recebeu documentos em que a agência de viagens se compromete a reparar o erro e conceder créditos para a Funsaúde. Essa é apenas uma das irregularidades na Funsaúde que estão investigadas pelo Ministério Público do Distrito Federal. De maneira semelhante ao que ocorreu na Finatec (outra entidade controlada pela UnB), há suspeitas envolvendo compra de TVs de LCD sem licitação, festas em restaurantes luxuosos, aquisição de canetas importadas e artigos natalinos com recursos de convênios firmados com órgãos públicos.

A mulher do reitor, Lécia Mulholland, é funcionária da UnB, mas foi cedida para trabalhar na Câmara dos Deputados até agosto deste ano. Está lotada no gabinete do deputado Clóvis Fecury (DEM-MA). No entanto, ela tem o salário pago pela UnB. De acordo com o site da universidade, Lécia estava de férias no dia 7 de novembro, data da emissão das passagens. Segundo o promotor do Ministério Público do Distrito Federal Ricardo Souza, responsável pela investigação de fundações da UnB, o dinheiro para os bilhetes da mulher do reitor saiu de uma conta no Banco do Brasil (32796-4) abastecida com recursos provenientes de convênios firmados pela UnB com o Ministério da Saúde, representado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O dinheiro dos convênios destinava-se a gastos com a saúde de índios ianomâmis e xavantes. “Essa verba deveria ser usada em políticas públicas e não desviado para manter privilégios de poucos. Os índios estão passando por dificuldades sérias”, afirma Souza. “É inacreditável dar de presente essas passagens a quem pode pagar por elas”. ÉPOCA procurou Lécia Mulholland, mas ela não retornou as ligações até a conclusão da reportagem.

Este é o segundo episódio com suspeitas de irregularidades em que se envolveu recentemente a família do reitor Timothy Mulholland. No início de fevereiro, o Ministério Público do Distrito Federal revelou que outra fundação da UnB, a Finatec, gastou quase R$ 470 mil para decorar e mobiliar a luxuosa cobertura onde Timothy morava, numa das superquadras mais nobres de Brasília. Havia lixeiras de R$ 990, saca-rolhas de R$ 859, abridores de lata de R$ 199, TVs de plasma, liquidificadores e outros eletrodomésticos de última geração.

Mais irregularidades

Natural de Uberlândia (MG), Alexandre Lima também autorizou o pagamento de viagem com recursos da Funsaúde para a mãe, Ruth Lima, e a irmã, Valéria Lima, com destino à cidade mineira. Os tíquetes foram emitidos no dia 8 de novembro do ano passado. No dia 19 de novembro, foram reservadas as passagens de retorno das duas a Brasília. Os quatro bilhetes custaram R$ 1456,08 aos cofres da Funsaúde. Segundo a assessoria de imprensa da editora da UnB, teria havido também equívoco por parte da agência de viagens no momento de emissão das passagens.

Não é a primeira vez que o nome do diretor-executivo da Editora da UnB vem à tona. No dia 4 de março, representantes da CPI das ONGs no Senado indagaram o reitor da universidade sobre os motivos que levaram a editora a ser contratada pela Funasa para cuidar da saúde de índios e as razões para a editora ter subcontratado a Funsaúde, que recebeu mais de R$ 19 milhões pelos convênios.

Uma grande dúvida dos senadores era entender por que o administrador de empresas Alexandre Lima estava à frente dos projetos de saúde se sua missão é editar livros. Em resposta ao senador José Agripino (DEM-RN), Mulholland disse que Lima é seu colega de trabalho desde 1980 e que o diretor da Editora da UnB tinha articulado os programas com a Funasa. “Ele estabeleceu as bases do funcionamento do programa e é natural que ele o administrasse”, afirmou o reitor.

Alguns senadores também questionaram o reitor sobre o suposto enriquecimento de Lima à frente da Editora da UnB. Segundo o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), Lima teria aumentado seu patrimônio sete vezes e responderia na Justiça a um processo por improbidade administrativa. Mulholland disse que soube do processo de improbidade relativo a Lima, mas afirmou que não sabia do aumento de patrimônio dele. O reitor também afirmou não se lembrar de ter assinado o convênio da Funasa com a UnB, apesar de estar no comando da universidade em 2007, quando a parceria foi acertada.

Alexandre Lima foi convocado a depor na CPI das ONGs na próxima semana.

Um comentário:

Carlos disse...

Sou contra a invasão na UNB,mas precisamos de um pouco de moralização neste nosso País.Fora Timothy e toda sua corja.Parabéns Josi teu blog é ótimo.

grande abraço!!!!!